Na última semana, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Independência, localizada no Sítio Floresta, realizaram uma manifestação em frente à sede da instituição. Através de postagens nas redes sociais, eles expuseram o descontentamento com a falta de docentes e cobraram uma resposta do Poder Público. Com placas contendo os dizeres "queremos mais auxiliares na educação infantil", "queremos professores" e "você não estaria lendo isso se não fosse por um professor", os estudantes pediam a ajuda popular na divulgação. Depois do ocorrido, a situação começa a se normalizar.

Quatro turmas estavam sem professores, conforme contou a diretora da Emef Independência, Marlene Khun. No total, mais de cem alunos foram prejudicados. Agora, as dificuldades estão sendo sanadas aos poucos e apenas a turma de quarto ano do período da tarde e a do nono ano estão sem professor. Desde a última sexta-feira, a situação está se normalizando. "Graças a Deus estamos com o quadro quase fechado", comemora. A principal turma afetada é a de nono ano, que realizou a manifestação e está sem a professora de português. A docente está de licença de saúde e maternidade, mas ainda não confirmou, através de um atestado médico, quando irá retornar. Por isso, a direção da escola ainda não conseguiu se programar e solicitar a entrada de um novo docente.

Segundo Marlene, os estudantes do nono ano estão preocupados devido ao fato de estarem saindo do ensino médio e se preparando para, no final do ano, prestarem provas para instituições como o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), por exemplo. No entanto, a diretora explica que, apesar da deficiência no quadro docente, nenhuma aula foi cancelada. Professores de apoio foram colocados para suprir a demanda. "Sem aula eles não ficaram", afirma. Outro ponto ressaltado foi em relação às turmas mais novas. Os pais se incomodaram com a troca, pois é difícil para os pequenos lidar com diferentes professores. "Dá um nó na cabeça deles", justificou Marlene.

Esforços da Smed
A Escola Independência está contando com a ajuda da Secretaria de Educação e Desporto (Smed), que visitou as dependências do colégio para auxiliar e dar um norte aos funcionários sobre como proceder com as dificuldades. De acordo com o secretário Arthur Correa, o órgão está tentando remanejar docentes de outras escolas. "Estamos procurando resolver o mais rápido possível", ressalta. A questão da falta de professores na rede pode ser explicada pelos pedidos de aposentadorias (só na última quinta e sexta-feira, foram 13) e licenças de saúde.

Ainda não há uma data certa para que ocorra a reposição no quadro de professores da Emef, pois isso depende de algum profissional aceitar lecionar no local. Correa reiterou a fala da diretora Marlene Khun e deixou claro que os alunos não estão sem aula e em nenhum momento deixaram de ir à escola devido ao problema. Ele lembrou, ainda, que os professores de apoio são preparados para enfrentar esse tipo de situação.